Edifício histórico de Vizela situado na rua Dr. Abílio Torres vai ser adquirido pela União de Freguesias de S. Miguel e S. João para futura sede. A proposta da autarquia presidida por José Armando Branco foi aceite pela Santa Casa da Misericórdia de Vizela.
É a iniciativa mais arrojada de sempre das Freguesias da cidade revelando grande visão do futuro do presidente José Armando Branco (foto).
O antigo edifício Torres Soares, que chegou a albergar nas últimas décadas a Segurança Social de Vizela, pertencente à Santa Casa da Misericórdia local, vai ser vendido por meio milhão de euros à União de Freguesias de São João e São Miguel (Caldas de Vizela), para se tornar na sede da Junta com várias valências.
A informação foi avançada pelo jornal Diário Digital de Vizela, dando conta da aprovação da venda realizada hoje, em assembleia de Irmãos daquele organismo.
O edifício em questão pertencia à Fundação Torres Soares, entidade entretanto aglomerada pela Santa Casa da Misericórdia de Vizela, e é um dos que mais desperta curiosidade no centro daquela cidade termal, estando localizado na avenida que tem o nome de quem mandou construir o edifício Abílio – Torres e por onde passa a Estrada Nacional 106.
Foi mandado erguer pelo médico Abílio Torres, figura incontornável da história de Vizela, possuindo um consultório no mesmo edifício, espaço para onde se entrava a partir da porta principal do prédio, construída na esquina em curva.
Prezada figura da cultura do vale do Ave no século 19, ajudou várias instituições ao longo dos anos, desde bombeiros, bandas musicais, escolas, e até as próprias Termas de Vizela.
Nasceu em 1846 e formou-se em medicina na Universidade de Coimbra, tornando-se o primeiro presidente das Termas de Vizela, onde era também especialista em hidrologia. Foi pela mão de Abílio Torres que se construiu o Parque das Termas, hoje principal denominador identificativo daquele concelho.
Em declarações à Rádio Vizela, o atual provedor da Misericórdia, Avelino Pinheiro, tinha dado conta de “vários interessados” na compra do edifício, mas devido ao estado de deterioração, os interessados “recuaram”.
Deste modo, o edifício acaba por ser vendido por um preço bem acima do estimado pela Câmara, que mandou avaliar o mesmo e chegou a um total de 390 mil euros. Já a avaliação pedida pela Santa Casa deu um valor muito superior – 590 mil euros.